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Em 1960 o Congo obteve a independência da Bélgica. A história dos anos seguintes foi dramática. Em 1961 o primeiro ministro Patrice Lumumba foi assassinado. O país foi sacudido por explosões de violência dos simpatizantes de Lumumba, liderados por Pierre Mulele que pregava a libertação total, com a expulsão dos europeus, do cristianismo e a eliminação do governo de Kinshasa.
Em 1964 a situação agravou-se. A cidade de Wamba foi ocupada pelos rebeldes. O bispo, D. Wittebols, junto com outros missionários foram obrigados a caminhar a pés descalços enquanto os rebeldes batiam neles. D. Wittebols morreu em consequência dos golpes e porque, sem os óculos, caía a toda hora. Os presos foram maltratados pela multidão e fuzilados no pátio da cadeia. Os seus corpos foram esquartejados.
A Congregação perdeu 28 confrades em todo o Congo entre 1961 e 1964: (belgas, luxemburgueses, holandeses e um italiano) : D. Joseph A. Wittebols, P. Amour J. Aubert, P. Karel J. v. R. Bellinckx, P. Hermanus W. Bisschop, Fr. Martinus Damianus Brabers, P. Clément F. Burnotte, P. Joseph Ch. B. Conrad, P. Johannes B. de Vries, P. Henricus D. Hams, P. Leo L.-M. Janssen, Fr. Jozef Andries Laureys, P. Aquilino Bernardo Longo, P. Jacques J.V. Moreau, P. Gerardus St. Nieuwkamp, Fr. Jozef Alois Paps, P. Arnoldus W. Schouenberg, Fr. Wilhelmus Arnulfus Schouenberg, P. Johannes A. Slenter, P. Josephus J. Tegels, P. Francicus Th. M. ten Bosch, P. Jean I. Trausch, P. Christian J.B. Vandael, P. Jeroom G. Vandemoere, P. Petrus J. van den Biggelaar, Fr. Henrik Jozef Vanderbeek, P. Henricus B. van der Vegt, P. Henricus J.E. Verberne, P. Wilhelmus P. Vranken.
O Servo de Deus, Bernardo Longo, foi morto a 3 de novembro de 1964 em Mambasa. Pouco antes de morrer deixou escrito num diário, achado bem mais tarde, seu depoimento: "Ainda bem que o Sagrado Coração me dá tanta força neste tempo e me põe na boca tantas jaculatórias de modo que consigo resistir. Antes do anoitecer faço um passeio até à casa das irmãs missionárias. Aseguro-as de que estamos sob a proteção da Virgem Maria e que devemos nos entregar completamente à vontade do Senhor, mesmo que tenhamos que cair sob os tiros de espingarda" (Diário do P. Longo, 29.09.1964).
"Por amor ao evangelho os missionários tinham deixado a pátria e por amor ao evangelho ficaram quando a tempestade veio. Poderiam ter se retirado. Assim, por causa de Cristo e da Igreja foram perseguidos e fuzilados configurando-se um verdadeiro martírio" (A. Tessarolo, Bernardo Longo - missionário e mártir da caridade, p. 232). |
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