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A morte de 11 confrades holandeses no campo de concentração japonês de Muntok na ilha de Banka, Indonésia, nos anos 1944/45 faz parte de uma história muito complicada. Misturaram-se os crimes de guerra dos japoneses contra a população civil, com a queda da Holanda como potência colonialista e o movimento de independência da Indonésia, a guerra como um todo. Todos estes elementos dificultaram um julgamento sobre as causas que levaram estes confrades à morte. Talvez por isso mesmo tenham caído no esquecimento.
A 15 de fevereiro de 1942, as tropas japonesas conquistam e ocupam Palembang, Sumatra, ilha pertencente ao então império holandês. Após a invasão japonesa a missão não era proibida. Tudo muda a partir de 1º de abril de 1942, quando todos os europeus são recolhidos: Os homens, na prisão de Palembang, as mulheres e crianças, em algumas residências europeias. Mais tarde eles construiriam dois campos de concentração. Ficarão nestes campos cerca de 17 meses. Mas o maior problema era a alimentação escassa e a falta de medicamentos. Só depois que alguns morressem, os médicos interviriam. Nestes campos, os internados organizam a sua vida, com escola, funções religiosas, tudo dentro do arame farpado dos japoneses.
No período entre julho e agosto de 1943, os japoneses passam a perseguir os colaboradores dos aliados. Muitos europeus são levados ao campo de Muntok, na ilha de Banka, uma região árida e inóspita. A ração diária de comida variava entre 100 e 300 gramas de arroz. A desnutrição enfraquecia as pessoas de modo a impedir qualquer outra atividade, até a participação nos funerais de quem morre.
Somente no campo de Muntok morrem 250 homens de um total de 942. Neste contexto, onze dehonianos não sobrevivem: P. Heinrich Norbertus van Oort, P. Petrus Matthias Cobben, P. Franciscus Hofstad, P. Isidorus Gabriel Mikkers, P. Theodorus Thomas Kappers, P. Andreas Gebbing, P. Petrus Nicasius van Eyk, P. Francisucs Johannes v. Iersel, P. Wilhelmus Franciscus Hoffmann, Ir. Mattheus Gerardus Schulte, Ir. Wilfridus Thedorus van der Werf.
Em fevereiro de 1945 os prisioneiros são de novo transferidos , desta feita para Belalau (sul de Sumatra), onde as condições eram melhores.
A 24 de agosto de 1945, depois de 40 meses de internação, o comandante japonês anuncia o armistício de Manila que encerra a guerra no Pacífico. Um sobrevivente dehoniano escreve:“Por alguns instantes todos ficaram calados. De repente explode um “Hurra” . No nosso bloco alguém entoa logo um te Deum”. |
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